Por natureza, nos sentimos mais seguros, quando podemos comprovar que cumprimos o que nos foi solicitado. Cumprindo com nossas obrigações nos achamos no direito de exigir o mesmo dos outros. Por isso, temos dificuldade em entender que fomos aceitos por Deus, que ele nos perdoou os nossos pecados e que vivemos em sua companhia sem termos cumprido a nossa parte. É natural do ser humano querer buscar a paz com Deus pelo cumprimento de certas tarefas ou obras.
Os cristãos da igreja de Colossos não estavam livres desta tentação. Naqueles dias, como nos dias de hoje, falsos ensinamentos foram divulgados e apresentados como se fossem a vontade de Deus. Eram regras como: Se você ama a Deus, não toque nesta coisa, não prove aquela, não pegue naquela (Cl 2.21).
Esses ensinamentos confundem porque parecem verdadeiros. Soam bem aos ouvidos e agradam a nossa natureza humana. Nos enchem de orgulho, porque aquele que os cumpre pode olhar para o outro e dizer: sou mais forte, mais capaz e mais cristão. Eu cumpro com as minhas obrigações. Não esqueçamos, porém, que são apenas regras e ensinamentos humanos que as pessoas inventam para alívio de sua própria consciência.
O apóstolo Paulo chama a atenção e alerta: estas observâncias em nada contribuem na busca de uma vida de paz com Deus. Na sua Carta aos Colossenses, capítulo 2, versículo 22 (NTLH), ele diz: “Todas essas proibições têm a ver com coisas que se tornam inúteis depois de usadas. São apenas regras e ensinamentos que as pessoas inventam.”
O que resolve a nossa situação diante de Deus é a obra que Cristo realizou por nós quando ofereceu a sua vida na cruz pelo perdão dos nossos pecados. E isto nos é oferecido de graça, na Palavra de Deus. O que o Senhor espera dos cristãos é que sejam fortalecidos cada vez mais na fé, pois assim é Deus quem dirige e governa sobre suas vidas.
Oremos: Senhor, que a tua palavra sempre seja o guia do meu viver. Em Cristo. Amém.
Pastor Urbano Lehrer
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