Cores da Eternidade

No dia de Finados, lembramos daqueles que já partiram, como traços de tinta que completam a grande tela de nossas vidas. Cada pessoa deixa uma marca, um toque de cor que não se apaga. Tarsila do Amaral, ao retratar a essência do Brasil, mostrou que as cores de uma vida nunca desaparecem; elas formam o quadro maior. Da mesma forma, Deus, o grande Artista, prepara uma vida além desta, onde o amor dele preenche cada espaço em nosso coração. Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25). Em Cristo, a morte é apenas um ponto de transição para uma tela ainda maior, onde o brilho da vida eterna é pintado com o amor divino.

Oração: Senhor, pinta em nós a esperança e a paz da vida eterna. Amém.

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Tears in Heaven (Lágrimas no Paraíso)

Você já ouviu a música “Tears in Heaven”? É umas das mais populares canções do Rock e foi composta por Eric Clapton em 1992 como forma que o cantor encontrou para lidar com a tragédia da morte de seu filho. Em março de 1991, Conor, de 3 anos de idade, caiu da janela do quarto de hotel em que Clapton estava hospedado. Em uma das estrofes da música, Eric canta:

“Além dessa porta (Beyond the door)

Há paz, tenho certeza (there's peace, I'm sure)

E eu sei que não haverá mais (And I know there'll be no more)

Lágrimas no paraíso (Tears in Heaven)”.

Eric Clapton e os enlutados serão consolados quando Jesus Cristo voltar para ressuscitar os mortos e levar os que crêem nele para a Nova Jerusalém, onde Jesus enxugará as lágrimas de nossos rostos (Ap 21.4). É essa esperança que nos faz encontrar nosso caminho através do dia e da noite.

Oremos: Querido Jesus, consola os enlutados com o teu Espírito. Mantém-nos fiéis e crentes em ti até o dia de nossa morte. Em teu nome. Amém.

Leia em sua Bíblia Apocalipse 21.1-5 - Compartilhe #HoraLuterana

Lutero Brincou de Halloween?

No dia 31 de outubro, muitos pensam em fantasias, doces e histórias assustadoras. É o Halloween, palavra que vem de All Hallow's Eve, ou seja, véspera do Dia de Todos os Santos. Mas em 1517, esse dia não era uma brincadeira de "gostosuras ou travessuras". Era quando muitos iam às igrejas em busca do perdão dos pecados por meio de indulgências, penitências e visita a relíquias sagradas.

Lutero escolheu essa data para afixar suas 95 Teses na porta da igreja de Wittenberg, sabendo que o povo estaria por lá naquele e nos próximos dias. Seu objetivo? Afastar o medo que as pessoas tinham de Deus e lembrar que a salvação não depende de rituais, mas da fé em Jesus. Em tempos de sombras e confusão, ele apontou para a luz da Palavra: “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus” (Efésios 2.8). Essa verdade consoladora afasta todo o medo e é mais doce do que qualquer gostosura de Halloween.

Oração: Senhor, livra-nos do medo e guia-nos com tua graça e luz. Em nome de Jesus. Amém.

Leia em sua Bíblia: Efésios 2.8 — Compartilhe #HoraLuterana

Você gostaria de saber mais sobre a Reforma da Igreja? Envie sua mensagem para:

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Lutero prega as 95 teses

Ferdinand Pauwels, Public domain, via Wikimedia Commons

Nos Bastidores da Reforma

A Reforma da Igreja não aconteceu apenas por meio de pregadores famosos como Lutero. Houve muitos que, longe dos holofotes, foram essenciais para que o evangelho fosse proclamado livremente. Frederico, o Sábio, eleitor da Saxônia, por exemplo, protegeu Lutero no Castelo de Wartburg e o sustentou enquanto ele traduzia a Bíblia para o alemão falado pelo povo.

Outro nome quase anônimo é Christian Döring, um ourives e editor que organizou e pagou pela impressão da Bíblia de Lutero em 1522. Deus usou homens e mulheres nos bastidores para que sua Palavra chegasse na língua do povo — a linguagem das casas, das ruas, do coração. “A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho.” (Salmo 119.105) Hoje, Deus continua usando pessoas comuns para iluminar vidas com sua Palavra.

Oração: Senhor, usa minha vida para espalhar tua luz e tua Palavra. Em nome de Jesus. Amém.

Leia em sua Bíblia: Salmo 119.105 — Compartilhe #HoraLuterana

Frederico, o Sábio

(Workshop of Lucas Cranach the Elder, Public domain, via Wikimedia Commons)

Do Medo ao Amor

“Como posso amar um Deus que me odeia?” Essa pergunta torturava Martinho Lutero enquanto ele tentava, em vão, agradar a Deus com jejum, confissão de pecados constante e penitências. Ele via Deus como um juiz implacável e sentia que nunca seria bom o suficiente.

Foi estudando a Bíblia que Lutero descobriu algo transformador: “O justo viverá pela fé” (Romanos 1.17). Ele entendeu que Deus não exige perfeição para nos amar. Ele nos oferece perdão e salvação gratuitamente, por meio de Jesus. Essa descoberta libertou Lutero. Ele passou a viver não mais sob o medo, mas sob o amor e a graça. E foi esse amor que o impulsionou a compartilhar a mensagem da cruz com o mundo. A pergunta que antes o paralisava agora é substituída por uma certeza: Deus me ama. E em Cristo, eu posso amá-lo de volta.

Oração: Senhor, obrigado por me amar antes mesmo de eu merecer. Em nome de Jesus. Amém.

Leia em sua Bíblia: Romanos 1.16-17 — Compartilhe #HoraLuterana

O pastor Maycon Oliveira compartilhará insights sobre a trajetória de Lutero — um caminho que passou do medo para a confiança em Deus. Assista o programa "O Caminho", às 20h:

www.youtube.com/horaluterana

Martinho Lutero

Lucas Cranach the Elder, Public domain, via Wikimedia Commons

Sabedoria e Paz

Enquanto Martinho Lutero era o trovão, Felipe Melanchthon era a brisa firme. Ele não era sacerdote, mas um teólogo incisivo que escreveu a Confissão de Augsburgo, documento central da Reforma da Igreja. Sua habilidade de unir clareza, profundidade e diálogo foi essencial para que a mensagem da Reforma chegasse aos corações e às cortes.

Melanchthon nos lembra que sabedoria não grita, mas confessa a verdade para construir pontes. Tiago 3.17 diz: “Porém a sabedoria que vem do céu é antes de tudo pura; depois, é pacífica, bondosa, amigável, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera.” Em tempos de polarização e ruído, o exemplo de Melanchthon nos convida a falar da fé com convicção e respeito. A Reforma não foi só debate, mas foi também escuta e ensino.

Oração: Senhor, dá-nos sabedoria para viver e falar com amor e verdade. Em Cristo. Amém.

Leia em sua Bíblia: Tiago 3.17 — Compartilhe #HoraLuterana

Felipe Melanchton

(Lucas Cranach the Elder and workshop, Public domain, via Wikimedia Commons)

Vozes que Sustentam

A Reforma da Igreja Cristã não foi feita apenas nos púlpitos e universidades. Ela também aconteceu nas casas, nas cozinhas e nos bastidores. Catarina von Bora, ex-freira e esposa de Martinho Lutero, é um exemplo marcante. Administrava a casa, acolhia estudantes, cuidava de uma pequena fazenda e ainda encontrava tempo para apoiar Lutero em seus momentos mais difíceis.

Mas Catarina não foi a única. Muitas mulheres participaram da Reforma com fé firme, sabedoria prática e coragem. Mesmo em uma época em que suas vozes eram pouco ouvidas publicamente, elas fizeram ecoar o evangelho com ações concretas de serviço, ensino e testemunho. Provérbios 31.25 descreve bem essas mulheres: “Ela é forte, respeitada e não tem medo do futuro.” A Reforma da Igreja continua quando reconhecemos que o evangelho transforma e envia homens e mulheres a viverem sua fé de forma ativa no mundo.

Oração: Senhor, usa nossas vidas para o bem do teu Reino. Em nome de Jesus. Amém.

Leia em sua Bíblia: Provérbios 31.25 — Compartilhe #HoraLuterana

(Ficheiro:Katharina-von-Bora-05.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre)