13 junho 2006

O fim da fome

Passar fome não é algo agradável e nem desejável. A fome traz sofrimento. Mas além da realidade do sofrimento físico, a fome aponta para uma estrutura social que apresenta falhas como a má distribuição de renda, as injustiças sociais e o desemprego. E, por fim, a fome acaba revelando como o ser humano pode ser insensível, egoísta, imediatista, pensando apenas em seus próprios interesses.

Certa vez Jesus alimentou toda uma multidão faminta. Ele não queria que as pessoas sofressem por causa da fome. No entanto, ele fazia isso para que todos soubessem que ele era o Filho de Deus que estava trazendo a salvação, a reconciliação com Deus. Muitos não entenderam e continuaram a seguir Jesus para conseguir comida de graça e milagres para seus sofrimentos físicos.

Então, ao ver a multidão que o seguia apenas para satisfazer suas necessidades físicas, Jesus disse, segundo o Evangelho de João, capítulo 6, versículo 27 (NTLH): “Não trabalhem a fim de conseguir a comida que se estraga, mas a fim de conseguir a comida que dura para a vida eterna. O Filho do Homem dará essa comida a vocês porque Deus, o Pai, deu provas de que ele tem autoridade.”

Jesus é o Filho do Homem que dá a comida para o fim da fome espiritual, da alma. Ele nos reconcilia com Deus e oferece um recomeço, uma nova vida. Muitos ainda hoje não compreendem isso e buscam na religião cristã somente um meio de “se dar bem na vida”. Infelizmente, pensam apenas nesta vida, aqui. Jesus se propõe a nos dar a comida que dura eternamente. Ou seja, ele nos promete um alimento que nos dá vida eterna. Ele morreu e ressuscitou para que nós tenhamos a garantia de que, confiando nele, teremos perdão, seremos aceitos por Deus e viveremos uma vida plena. Sem fome na alma. Sabendo quem somos e para onde vamos.

Com esse alimento teremos força para lutar por justiça social. Teremos vontade de servir, ajudar as pessoas que precisam, porque, com a comida que Jesus oferece, temos paz já nesta vida. É o fim da fome.

Oremos: Jesus, tenho fome. Estou faminto de paz em minha alma. Dá-me da tua comida e assim estarei saciado. Em teu nome. Amém.

Pastor Fernando Henrique Huf

12 junho 2006

O fim da sede

Imagine-se num deserto num dia de calor intenso. Não há uma nuvem sequer no céu e você está sem rumo. Agora imagine um copo de água bem gelada e cristalina. Deu sede? Mesmo que o corpo não precise imediatamente de água ou líquido, a nossa mente pode produzir os sintomas da sede. Na verdade podemos até ser enganados pela sugestão.

Certa vez Jesus encontrou-se com uma mulher à beira de um poço. Por ser Deus, ele sabia que aquela mulher estava sedenta por paz espiritual. No Evangelho de João, capítulo 4, ficamos sabendo que ela já havia se envolvido com cinco homens diferentes. Ela buscava segurança, por estar “desidratada” espiritualmente, mas acabava em caminhos errados e pecava.

Na tentativa de achar alegria e felicidade nós muitas vezes acabamos tomando decisões erradas que resultam em tristeza e decepções. Quantas vezes confiamos em pessoas e terminamos frustrados e magoados? Apostamos que se fizermos isso ou aquilo, se buscarmos um prazer imediato, teremos paz e, no fim, ainda estamos sedentos. Nossa mente e nossos desejos nos enganam. E ainda estamos sedentos.

Jesus, ao saber quem era aquela mulher e como ela representa a nossa busca por paz, disse, conforme o Evangelho de João, capítulo 4, no versículo 14 (NTLH): “...a pessoa que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna.” Ao morrer e ressuscitar, Jesus nos garantiu que ele tem a água da vida eterna. E disse mais: que quem bebe desta água transbordará vida.

Você está com sede? Jesus tem a água da vida eterna para matar a nossa sede e nos refrescar num mundo tão cheio de desertos e de caminhos pedregosos e áridos. Beba e viva em paz.

Oremos: Salvador Jesus, tenho andado com sede. Dá-me da água da vida. Em teu nome eu peço. Amém.

Pastor Fernando Henrique Huf

09 junho 2006

Progredindo na edificação da Igreja

Sabemos que as muitas denominações religiosas espalhadas pelo mundo, são constituídas pelos mais diferentes tipos de pessoas. Há aqueles que as freqüentam por tradição. Alguns por costume.

Outros fazem questão de estar numa igreja unicamente para ter direitos, especialmente para o ofício fúnebre no fim de sua jornada terrena. Outros participam conscientemente, só que, infelizmente, não querem assumir nenhuma responsabilidade de trabalho. Mas há também, graças a Deus, aqueles que participam da vida da Igreja de maneira ativa e dinâmica, respondendo positivamente ao chamado de colocar dons, bens e tempo a serviço da missão de Deus.

O texto da Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 14, versículo 12 (NTLH), ressalta: “Por isso, já que vocês estão com tanta vontade de ter os dons do Espírito, procurem acima de tudo ter os dons que fazem com que a igreja cresça espiritualmente.” Nem sempre as motivações que as pessoas têm para servir são corretas. Algumas vezes o serviço visa a auto-edificação, auto-projeção e, até mesmo, a fomentar o espírito de concorrência.

O apostolo Paulo inicia o capítulo 14 com as palavras: “Esforcem-se para ter amor”. Mas que amor é este? Trata-se de Jesus Cristo, que é a personificação do amor. Ele deve ser a motivação para o nosso servir: servir, e não ser servido. Seguindo este amor, ou seguindo o Evangelho de Cristo, não haverá mais lugar para motivações de só ser servido, nem egoísmos e interesses no serviço da Igreja cristã. Na igreja de Corinto havia uma grande busca por dons espirituais. O apóstolo Paulo anima os cristãos para essa busca, mas ele também toma tempo para instruí-los quanto à motivação e ao objetivo de toda e qualquer prática dos dons que o Espírito Santo dá.

Sabemos que os membros do corpo humano são todos interdependentes: um está a serviço e depende do outro. O quadro do corpo humano é uma ótima ilustração para definir a motivação, o alvo e a prioridade dos dons e dos serviços na igreja. A cabeça, Jesus Cristo, o amor encarnado de Deus, é a motivação para o nosso servir. O alvo do empenho de cada cristão é o apoio mútuo e o bem estar do corpo, isto é, a edificação da Igreja.

Oremos: Bondoso Deus, liberta-nos das falsas motivações que temos para servir. Sê tu o Senhor da nossa vida, ensinando-nos a servir com os nossos dons, visando a edificação da tua Igreja. Amém.

Pastor Edemar Zenkner

05 junho 2006

O Espírito Santo nos chama

Quando Deus criou o mundo, criou os seres humanos perfeitos. Adão e Eva foram o primeiro casal da terra. A única ordem que Deus deu a eles foi que não comessem da fruta de uma árvore no jardim em que moravam. Mas, Satanás, com toda a sua astúcia, disfarçou-se de serpente para fazer com que eles desobedecessem a Deus. O tentador conseguiu chamar a atenção do casal e fazer com que eles se esquecessem do que Deus havia dito sobre a fruta, ou seja: “No dia em que você a comer, certamente morrerá” (Gn 2.17).

Por causa dessa desobediência o ser humano perdeu o que chamamos de livre arbítrio. Isto é, o ser humano não tem mais a capacidade de escolher entre o bem e o mal. E a afirmação de Deus: “certamente morrerá”, ainda pesa sobre nós hoje. Por causa desse erro, a morte passou a existir. Ainda que no mundo moderno muitos queiram negar isso, a verdade é uma só: todas as pessoas, quando nascem, são cegas espiritualmente e inimigas de Deus.

O ser humano nesse estado não quer e nem pode aceitar as coisas de Deus, porque, como o apóstolo Paulo afirma, tudo isso parece “loucura” aos seus olhos (1Co 1.18). Por natureza, o ser humano traz dentro de si a inclinação para o mal, caminha o caminho da condenação e não pode, de maneira alguma, tomar a resolução de mudar a sua vida e caminhar em direção ao céu. E por que não? Porque, conforme diz o apóstolo Paulo na sua Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 12, versículo 3 (NTLH): “Ninguém pode dizer ‘Jesus é Senhor’, a não ser que seja guiado pelo Espírito Santo.”

Para abrir os olhos, trazer vida, mudar o coração daquele que se encontra distante de Deus, é necessária uma força que vem de fora. Esta força é o Espírito Santo, como ainda hoje confessamos nas palavras: “O Espírito Santo me chamou pelo evangelho, me iluminou com seus dons, me santificou e me conservou na fé verdadeira”. Não nos tornamos cristãos por nós mesmos ou por nossos méritos, mas sim, pela ação e graça do Espírito Santo. Onde é anunciado o Evangelho, ali o Espírito Santo chama, mostra o Salvador e faz com que afirmemos: Senhor Jesus, tu és o meu único e suficiente Salvador.

Oremos: Senhor Jesus, conserva-me firme na confissão de teu santo nome. Amém.

Pastor Edemar Zenkner

Pentecostes

Como é bom ouvir das grandezas de Deus!

No calendário da Igreja Cristã, o Pentecostes (neste ano, dia 04/06) é o dia da vinda do Espírito Santo. Por isso, queremos meditar no texto bíblico de Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículo 11 (NTLH), no qual Lucas descreve o espanto da multidão, que exclamava: “E como é que todos estamos ouvindo essa gente falar em nossa própria língua a respeito das grandes coisas que Deus tem feito?”

Cinqüenta dias após a Páscoa aconteceu algo diferente e grandioso em Jerusalém. Os seguidores de Jesus Cristo, em torno de 120 pessoas, estavam reunidos numa sala fechada. De repente, veio do céu um som, como um vento forte e encheu a todos que ali estavam. Algo como línguas de fogo pousou sobre cada um deles. Na verdade, essa foi a chegada do Espírito Santo. Todos ali ficaram cheios do Espírito Santo.

O grande dom ou a capacidade que o Espírito Santo deu a todos naquele momento foi de falar em outra língua. O propósito especial disso certamente foi que as grandezas de Deus fossem ouvidas. Sim, estavam ali na cidade de Jerusalém pessoas de diversos países que falavam línguas diferentes.

O Espírito Santo deu a capacidade para aqueles seguidores de falar na língua de todos ali presentes. Cada um podia ouvir a mensagem em sua própria língua materna. Que fato diferente, grandioso! Todos se admiravam!

Mas este ainda não é o acontecimento mais importante. O mais importante é o que aquelas pessoas falavam. Elas não berravam, não gritavam ou jogavam palavras ao vento que ninguém entendia. Pelo contrário, o que elas falavam era muito importante. A notícia mais importante que ouvidos humanos podem ouvir neste mundo: sobre o Salvador Jesus.

Sim, cada um teve o privilégio de ouvir em sua própria língua materna as grandezas de Deus. Cada um ouviu falar daquilo que Deus tinha feito com seu Filho Jesus cinqüenta dias antes. Todos tiveram a oportunidade de ouvir sobre a morte e a ressurreição de Jesus. Através daquelas pessoas, o Espírito Santo anunciou que todo aquele que crer em Jesus Cristo como seu Salvador será salvo. Diante disso muitos creram, mas os que não creram zombaram daquelas pessoas em vez de dar ouvidos à mensagem de Deus Espírito Santo.

Hoje, quando ouvimos a Palavra de Deus, o Espírito Santo nos revela continuamente as grandezas de Deus. Podemos dizer: como é bom ouvirmos que Jesus Cristo é o nosso Salvador!

Oremos: Senhor, que teu Espírito Santo sempre nos revele as tuas grandezas em Cristo Jesus. Amém.

Pastor Ildo Reisner

02 junho 2006

Não podemos deixar de falar

Uma das tarefas essenciais deixadas por Jesus aos seus seguidores é a de serem suas fiéis testemunhas. É uma tarefa permanente da igreja. A igreja cristã se desenvolveu a partir do poder e ação de Deus na vida de muitas pessoas. Basicamente, ser uma testemunha de Jesus consiste em crer nele, vivenciar e transmitir, de alguma forma, a ação de Deus para outras pessoas.

A história do povo de Deus mostra que nem sempre testemunhar a respeito de Cristo tem sido simples e fácil. A Bíblia está repleta de relatos em que muitas pessoas sofreram por causa do seu testemunho, mas mesmo assim permaneceram fiéis a Deus. Temos o registro do maravilhoso testemunho dos apóstolos Pedro e João diante da censura que lhes impuseram por falarem de Jesus. O livro de Atos dos Apóstolos, no capítulo 4, versículos 19 e 20 (NTLH), traz as seguintes palavras proferidas por Pedro e João: “Os senhores mesmos julguem diante de Deus: devemos obedecer aos senhores ou a Deus? Pois não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido.”

Nessa situação se aplica a expressão popular: “contra fatos não há argumentos!” Tamanha fé e coragem desses homens são dignas de admiração. Nesse quesito precisamos imitá-los. Sejamos corajosos com a força e a fé que Deus nos dá! Deus agiu e continua agindo na vida das pessoas. Os seguidores de Jesus também hoje não podem se calar. Continuam sendo as testemunhas de Jesus. Deus nos escolheu para falar dos seus atos poderosos divinos a fim de que outras pessoas ouçam e, pelo poder da palavra de Deus e pela ação do Espírito Santo, venham a crer e confiar em Jesus Cristo, o Salvador. Seja você também, pela graça de Deus e fé em Cristo, uma fiel testemunha de Jesus.

Oremos: Com Deus ao meu lado, a me fortalecer, nada há que eu não possa fazer. Deus guia os meus passos, me toma na mão, a mente ilumina, me dá compreensão. Os meus inimigos são dele também, e em todo perigo me guia tão bem que nada me pode o caminho barrar. Com Deus ao meu lado, só posso triunfar. Amém. (HL hino 317)

Pastor Wanderley M. Lange

A pedra mais importante

A utilização de pedras é de suma importância na construção de um imóvel. Escolher um bom material para a construção é muito importante para a segurança e o sucesso da obra. As boas construções na época de Jesus eram feitas com pedras. Vale lembrar que não bastava somente o material escolhido ser de boa qualidade, mas também a colocação e o encaixe desse material faziam toda diferença para um imóvel ser considerado seguro.

O apóstolo Pedro, cheio do Espírito Santo, dirigindo-se às autoridades e líderes do povo disse: “Jesus é aquele de quem as Escrituras Sagradas dizem: ‘A pedra que vocês, os construtores, rejeitaram veio a ser a mais importante de todas’. A salvação só pode ser conseguida por meio dele. Pois não há no mundo inteiro nenhum outro que Deus tenha dado aos seres humanos, por meio do qual possamos ser salvos.” Palavras do discurso de Pedro registradas no livro bíblico de Atos dos Apóstolos, capítulo 4, versículos 11 e 12 (NTLH).

Pedro utiliza uma figura de linguagem recorrente nas Sagradas Escrituras dizendo que Jesus é a pedra mais importante de todas. A referida pedra, também conhecida por “pedra angular”, é a primeira pedra colocada acima do nível do fundamento da construção e, portanto, aquela pela qual as demais pedras eram medidas, e à qual o restante do projeto da construção se moldava. Ela ocupava o lugar referencial e determinante para toda obra. Sem ela, a edificação ficava comprometida. Uma vez rejeitada, jogada de lado, tornava-se pedra de tropeço. Assim é Cristo. Rejeitá-lo significar tropeçar e “cair no inferno”. Sem ele, não há salvação. Ele é determinante para o trabalho da igreja. Ele é fundamental para a edificação do Reino de Deus. Jesus é a sustentação da igreja e da vida do cristão. Ele dá a segurança necessária. Ele molda a vida de muitas pessoas. A presença dele faz toda a diferença!

Seja Jesus Cristo a pedra angular, a principal, a mais importante de todas, a que fundamenta a edificação da nossa vida. Nele, seremos salvos!

Oremos: Ó Deus, que jamais eu rejeite a pedra mais importante da minha construção que é Cristo. Edifica-me e molda-me conforme a tua santa vontade, por Cristo Jesus. Amém.

Pastor Wanderley M. Lange